sábado, 30 de outubro de 2010

Ville du Quebéc

A ida de Montreal para Quebéc foi feita de trem com a empresa de transporte Via Rail. Fica a dica comprar os tickets com antecedência, pois são oferecidos descontos de até 60% na tarifa cheia. Valorizamos também o fato de ser a primeira viagem ferroviária que ambos tínhamos na lembrança, acordamos cedo e pontualmente às 7:10 da manhã o conjunto de locomotiva e 5 vagões deixou a Montréal Gare Centrale, com entrada pela rua La Gauchetière, apelidada por nós pela “a rua do Gualdieri”.

A viagem foi tranquila e o no caminho vimos uma sequência de fazendas com diversas culturas. A Gringa conseguiu ficar conectada via wireless e atualizou contatos e e-mails.

Vista da cidade
A chegada a Quebéc deu-se com o tempo frio e com muito vento. Não sabíamos exatamente como chegar ao hotel, mas pelos mapas que havíamos analisado supúnhamos que seria uma tarefa fácil. Estávamos enganados. Apesar de pequena, a Old Quebéc, diferentemente de Montreal e também de Vancouver, apresenta pouca ou quase nenhuma simetria nos seus quarteirões, além disso, existe uma parte alta e outra parte baixa e o nosso hotel obviamente ficava na alta, obrigando-nos a subir com as 3 malas cheias, 1 sacola + mochila e câmera fotográfica, que a esse ponto da viagem com toda essa carga, já se tornava um estorvo.

Saint Jean StQuebéc é encantadora....repleta de muita história e destacamos aqui alguns lugares bacanas que conhecemos: i) o parlamento, com arquitetura que homenageia ícones da história da província e do Canadá; La Cidadelle, fortificação construída pelos britânicos após tomar dos franceses 1763 o controle do estreito que dá acesso ao Ontário Lake e que hoje é sede de um regimento real;
Parlamento
 Fairmount Frontenac
Quebéc iluminada ao anoitecer
ii) o museu da Civilização, que apresentava a brilhante mostra sobre a influência musical africana na música americana e outra sobre a importância da água no planeta;

iii) as ruelas de pedra da cidade antiga com diversas galerias de arte, lojas e restaurantes e finalmente;

 Rua dos Artistas
 Ruelas
 Painel pintado num prédio da Lower Quebec
Sopa de Cebola com queijo suíço

iv) a loja de chás e temperos do Marché Du Vieux-Port, com especiarias dignas de uma expedição às índias do século XIV.

Marché Du Vieux-PortUm pouco pela chuva e frio que pegamos e outro pouco pela limitação a longas caminhadas que certos discos lombares nos impuseram, saímos com a sensação de “quero mais” em apenas 2 dias de Quebéc.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Montreal

Apesar de ter "perdido" duas horas das férias por causa do fuso horário, a maior expectativa era incerteza de chegar numa cidade grande sem muito planejamento prévio. Lemos alguma coisa sobre a cidade subterrânea, largamente utilizada nos longos meses de inverno, sabíamos da existência do Mount Royal (elevação que deu o nome à cidade) e do bairro conhecido como Old Montreal, adjacente ao centro. E era só. A previsão do tempo indicava uma 6ª feira e final de semana chuvosos. Mas nós tínhamos um trunfo valioso que poderia nos ajudar a aproveitar bem a cidade: o ex-colega de Direkt e Sicredi, Gian e sua patroa a Renata, ambos administradores UFRGS e que hoje moram em Montreal.

Mais que nos buscar no aeroporto e nos apresentar o eficiente sistema de transportes de Montreal com combinações de metrô e ônibus, eles nos receberam para jantar na sua casa e nos deram indicações do que valeria a pena desbravar no tempo disponível.


Na manhã seguinte nos deparamos com uma atmosfera completamente diferente daquelas que até então havíamos visitado em outras cidades. Igrejas antigas e imponentes, história de séculos emanando em cada esquina, arquitetura linda e muito bem harmonizada com a parte moderna da cidade. As árvores, não mais os pinheiros que dominavam as Rochosas ou as desfolhadas de Edmonton, mas sim o verdadeiro fall clima, folhas incrivelmente amarelas e vermelhas por toda a parte. As pessoas locomovendo majoritariamente de metrô, diversas conexões com trens e estacionamentos em pontos estratégicos para não congestionar o centro da cidade.
 Hotel com arquitetura típica da cidade
 Basílica de Notre Dame - Montreal
 Catedral Marie Reine Du Monde
Palacio do Congresso

Chama muito a atenção também a fortíssima identidade que o povo de Quebéc (a província onde Montreal está localizada) tem com sua origem francesa. Ao contrário do que vimos no lado oeste, em Montreal o idioma da rua é o francês, em alguns lugares encontramos placas somente em francês e pessoas com um inglês não tão firme. As placas de todos os carros exibem o lema “Je me souviens” ou “Eu ainda lembro” fazendo menção à tomada da cidade de Quebéc pelos britânicos quando esta ainda era um tipo de portão de entrada ao coração da América, através dos lagos Ontário e Erie. Falam “lá no Canadá” de lugares fora da província, como se Quebéc fosse outro país. Outro fato interessante é que aqui eles traduzem nomes próprios de empresas!!!! A The Bay company, por exemplo, é La Baie, assim como vários outros casos.
Bom como fizemos muito nesses 4 dias de Montreal decidimos relacionar os lugares visitados e curiosidades mais objetivamente, ilustrando com fotos.

5ª feira, 21/10: chegada ao aeroporto e deslocamento de ônibus ao centro de Montreal onde estava nosso hotel apart, pois dessa vez tinha até cozinha equipada. Janta na casa do Gian e da Renata, no Bairro Plateau.
6ª feira, 22/10: apesar do frio e do vento, caminhada por Old Montreal, almoço com sopa de cebola e queijo brie e crepe. Caminhada pela Rue Saint Catherine, principal rua comercial da cidade.
 Old Montreal
  Old Montreal
  Old Montreal
  Old Montreal
 Old Montreal
Sábado, 23/10: Novo dia lindo para contrariar a previsão, subida ao Mount Royal e suas diversas vistas para a cidade. Botanical Garden com a atração La Magie de Lanterne, no jardim chinês, que atraiu uma multidão para aquela parte da cidade. Ainda bem que chegamos cedo! Preparamos um mate pra espantar um pouco o frio. Janta no tradicional e sensacional Schwartz, com seu sanduíche de Viande Fumée.
 Vista da cidade do alto de Mount Royal
 Passeando pelo Jardim Botânico
 Jardim Botânico com Gian e Rê
 Expesição de lanternas no Jardim Botânico
 Espantando o frio da noite em Montreal com um bom mate
 Lanternas
Preparação dos sandubas no tradicionalíssimo Schwartz
 Domingo, 24/10: Na estação central compramos as passagens de trem para Quebéc. Visita ao Parc Jean Depreau, com a Biosphere e o circuito de F1 na ilha Notre-Dame. Sighseeing. Ida ao famoso Oratório Saint Joseph, com sua imponente basílica e com interessante legado do Frère André, canonizado no inicio de Outubro desse ano pelo Vaticano. Janta no concorrido La Banquise para degustar o típico Poutine, prato de batatas fritas com variados “sauces” que é muito bom.
Montreal Biosphére
 Circuito Gilles Villenueve
 Oratório Saint Joseph´s
Poutine

Segunda, 25/10: A chuva nos permitiu uma manhã de descanso no nosso apê-hotel, tomamos mate com a térmica emprestada da Renata e planejamos um pouco as próximas etapas da viagem. À tarde partimos para desbravar a cidade subterrânea com suas inúmeras lojas, passagens e túneis. Percorremos uma distância considerável do centro, algo como uns 10 quarteirões sem colocar o pé na rua. Chegamos no Bell Centre, estádio de hockey com maior capacidade de publico da América do Norte e casa dos Montreal Canediens ou, popularmente, Habs, 24 conquistas da Stanley Cup, maiores campeões disparado. Janta no também concorridíssimo Juliette & Chocolate com os amigos Gian e Renata, com direto a crepe com sorvete e frutas flambado no conhaque.
Terça-feira e útimo dia em Montreal..é hora de descansar para o penúltimo trecho da viagem...Quebec City, ou Ville Quebèc. Um abraço especial aos amigos Gian e Renata de Montreal!